Em se tratando de cadeira, a Panton de 1968, é a cadeira do século XX, assim como foi a Thonet 14, no século XIX. Ambas
representam, com a diferença mais ou menos de 100 anos, a mudança tecnológica e industrial que o mundo passou, nos séculos XIX e XX.
Verner Panton vislumbrou um futuro
feliz e colorido A carreira de Verner Panton foi destacada pelas paisagens da
fantasia que ele criou para a Bayer em 1968 e 1970 (Dralon & Visiona II),
que já alcançaram o status de cult. Verner Panton não foi obstruído por
incorrer em limitações que os adultos criam ao longo da vida. Em vez disso, ele
pensou e criou com a visão imaginária de uma criança, em negrito, belas cores e
formas. A Panton Chair foi a a primeira cadeira feita de uma única peça de
plástico moldado (fibra de vidro) com acabamento liso dos dois lados.
A Panton é versátil, leve e confortável, e muda de papel conforme a necessidade do momento: passa de cadeira à mesa e vai até onde a imaginação de cada um alcançar. É feito com um
bloco único de polietileno, que se apresenta tal qual uma escultura totalmente
limpa, em cores marcantes. Quando justapostos, na posição de poltrona, os módulos podem compor “sofás.”
Verner Panton arquiteto e designer
dinamarquês, considerado um dos mais importantes e inovadores designers da
segunda metade do século vinte, Mestre da extravagância, Panton abusa de cores
vibrantes e linhas sinuosas para dar humor às formas das coisas.
Verner
Panton (1926-1998) foi um dos mais importantes e inovadores designers da
segunda metade do século 20 e se tornou “expert” em atribuir um tom lúdico a
peças nascidas na “era pré-tecnológica”.
Nasceu em
Gamtofte, Dinamarca, freqüentou a Escola Técnica de Odense e graduou-se em
Arquitetura na Academy of Art de Copenhagen. De 1950 a 1952 trabalhou com Arne
Jacobsen, contribuindo para o design da legendária cadeira "The Ant".
Trabalhando como arquiteto e designer autônomo em inúmeros países europeus,
suas criações baseadas em formas geométricas e produzidas à mão pela Plus-Linje
atraíram e despertaram as atenções do mundo inteiro.
Seu design
apresentou um assumido interesse no que é novo. Foi Panton quem começou a
revolução “pop” no mobiliário “cool” da época: trabalhou com plástico,
poliuretano, espuma, sempre em cores vibrantes. Queria quebrar a rigidez do
ferro e dar “humor às formas das coisas”. Para ele, era inconcebível sentar num
sofá bege e quadrado.
Influenciado
pelo design italiano e norte-americano, ele criou peças como a cadeira
"Cone" (1958), semelhante a uma casquinha de sorvete, que desafia a
lei da gravidade (o apoio é centrado no ponto mais estreito da base).
Dois anos
depois, lançou aquela que seria sua mais famosa criação: a cadeira
"Panton", um dos ícones da Pop Art. Com sua forma sinuosa (“S”), essa
criação se destacava pela liberdade de desenho, inovação construtiva e de
material - traduzindo justamente o que os anos 60 pregavam.
Após ter
feito o seu nome como um visionário projetista, Panton conseguiu abrir as
portas para experimentar. Ele desenvolveu a primeiro mobiliário inflável -
feito a partir de plástico transparente.
No
decorrer de sua trajetória, Panton trabalhou com alguns dos mais conceituados
fabricantes: Fritz Hansen, Louis Poulsen e Vitra.
Ele
tornou-se referência devido à sua extravagância e também pelo uso abusivo de
cores fortes. Visionários, criativos, ousados e provocadores são alguns dos
termos que têm sido usados para descrever seus projetos ao longo dos anos.
Criou mobiliário e interiores verdadeiramente inovadores e futuristas, sempre
utilizando novas tecnologias e materiais.
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