O italiano Harry Bertóia (1915-1978) foi um artista que ficou
conhecido por estudar profundamente a maleabilidade do metal trabalhando-o
em telas e tramas e a ergonomia. Através de seus estudos, já nos Estados
Unidos, criou a linha de cadeiras fabricada inicialmente (anos de 1950) pela
Knoll Internacional (empresa americana dos arquitetos Hans e Florence Knoll).
Foi Florence quem levou uma cesta plástica de secar pratos ao ateliê de
Bertoia para que ele se inspirasse. E assim o designer criou uma das linhas
mais famosas de mobiliário que pela sua funcionalidade, simplicidade e
ergonomia é uma das mais vendidas e procuradas no mercado atualmente. A
cadeira Bertoia se adapta incrivelmente a todos os ambientes: do retrô
cheio de detalhes ao super clean-high-tech.
Harry Bertoia ( 1915-1978 ) nasceu em Udine - Itália, mas emigrou com a família para
os EUA em 1930.
Formou-se
na Cass Technical Hight School de Detroit em 1936, e de 37 a 39 foi bolsista na
Cranbrook Academy of Arts, onde lecionou até 1943.
Em
Cranbrook, Bertoia rápidamente fez amigos - sendo seus colegas de trabalho Eero
Saarien e Charles Eames, com quem viria a trabalhar nos anos seguintes.
Bertoia
casou com Brigitta Valentines e juntou-se aos Eames em seu atelier a partir de
1943.
Juntamente
com Eero Saarinen, desenvolveu um método de fabricar madeira prensada que, mais
tarde, iria influenciar definitivamente os processos de produção de mobiliário
e o seu próprio design.
Nos anos
50, construiu mais uma forte relação com outra colega de Cranbrook, Florence
Knoll, que tinha um atelier na Pensilvânia e lhe ofereceu um ambiente de
trabalho altamente motivador.
Ali,
desenhou a linha de cadeiras em fio metálico para a Knool International, que
tiveram tão grande sucesso comercial que permitiram que se dedicasse à sua
carreira de escultor – sua maior paixão.
Foram
projetadas em uma estrutura de aço curvado e soldado, cromado ou recoberto de
vinil. A idéia de fazer o acabamento em cromo veio quando a GM necessitou de
cadeiras para seus showrooms. A Knoll enviou cadeiras à GM que foram
mergulhadas em um banho de cromo para amortecedores de carro, a fim de acentuar
a idéia do mundo do automóvel.
Em sua
concepção, o designer preocupou-se essencialmente com o espaço, com a forma e
com o que o metal teria a oferecer. Classificava-as como feitas de ar, a
exemplo de esculturas permeadas, cortadas e atravessadas pelo espaço. Bertóia
conseguiu tirar a massa da forma, o peso da matéria, o impacto chapado do
plano.
Bertóia
percorreu os mais diversificados caminhos do desenho, mas foi na escultura que
baseou toda a sua obra.
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